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Criticando “O Gambito da rainha” e as pílulas da geninialidade!

O Gambito da Rainha é uma série de época dirigida e roteirizada por Scott Frank, conhecido por ser roteirista dos filmes Out Of Sight (1998) e Logan (2017) pelos quais foi indicado ao Óscar de melhor roteiro adaptado.

O Gambito da Rainha, que ganhou o Globo de Ouro: Melhor Mini-série ou Telefilme e o prémio de Melhor Actriz em Mini-série ou Telefilme em 2021, lançada em Outubro de 2020. É uma mini-série de drama baseada no romance homónimo de Walter Tevis lançado em 1983, a trama tornou-se a série mais assistida na no ano de 2020. O elenco principal desta série, de apenas uma temporada de sete episódios, conta com Anya Taylor-Joy como a protagonista Beth Harmon, Thomas Brodie-Sangster como Benny Watts e Harry Melling como Harry Beltik, ambos jogadores de Xadrez e amigos da Beth.

Do que se trata?

Durante a guerra fria, precisamente nos anos 50, o Lar Methuem, um orfanato para meninas, recebe Elizabeth Harmon. Lá a mais nova órfã conhece Jolene (Moses Ingram), uma menina alguns anos mais velha que Beth e o Sr. Shaibel (Bill Camp), o zelador do orfanato que dá a Beth as suas primeiras aulas de xadrez. O orfanato dava tranquilizantes para as meninas e não tardou para que Elizabeth se viciasse e induzida pela droga, tem a sua primeira visão do tabuleiro de xadrez no tecto e passa os episódios seguintes dependendo dessa substância para ter as visões e analisar várias jogadas, dia e noite.

Depois de ser adoptada, Elizabeth venceu o seu primeiro torneio, ela tinha o objectivo claro de vencer o campeonato mundial, entretanto, conforme vencia seus adversários, seu vicio aumentava dando espaço aos seus traumas e a autodestruição. Se te interessou até aqui, prepare-se para encarar a belíssima actuação da Anya Taylor-Joy que vai te viciar ainda no piloto.

A beleza está nos pequenos detalhes

Uma das partes que mais chamam atenção na mini-série é com certeza o ambiente que traz uma ideia bem projectada dos anos 60, a linda fotografia muito bem trabalhada tira a sua atenção de qualquer outra coisa que você esteja fazendo. Um destaque nada humilde para a relação do elenco, em especial a protagonista, com a moda trazendo-nos personagens balanceados e bem trabalhados e por fim, não ficam para traz a trilha sonora e o roteiro que não deixaram nada a desejar.

Embora seja sobre xadrez, mesmo quem nunca jogou pode assistir, pois o foco da narrativa não é o jogo, a trama desenrola-se no desenvolvimento da Beth ao longo do tempo carregando consigo reflexões sobre a dificuldade de se encaixar no normal, a desigualdade de género, a depressão e vícios, sem contar a espectacular abordagem e referência do momento histórico, que é até hoje chamado, pelos norte americanos, “A Partida do Século” trazendo varias comparações com o mestre de xadrez Bobby Fisher.

Espero que você tenha gostado da crítica e fique à vontade para postar seus próprios pensamentos e teorias na seção de comentários abaixo. E para uma crítica completa e mais detalhada escute o nosso podcast sobre esta série.

O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit) — EUA, 2020


Direção: Scott Frank
Roteiro: Scott Frank
Elenco: Anya Taylor-Joy (Beth Harmon), Bill Camp (Sr. Shaibel), Moses Ingram (Jolene), Harry Melling (Harry Beltik), Marcin Dorociński (Vasily Borgov), etc
Numero de Episódios: 07 (1 Temporada)
Duração: 46-67 minutos
Classificação Indicativa: 16 Anos
Estúdio de produção: Flitcraft Ltd, Wonderful Films & Netflix
Orçamento: Não aplicável
Bilheteria: Não aplicável

O Gambito da Rainha

9.5

Verso Points

9.5/10

Prós

  • Elenco e atuações excelentes
  • História que atrai do início ao fim
  • Lições importantes que tocam um acorde

Contras

  • Nenhum 😉